domingo, 27 de abril de 2014

CÃES E GATOS COM FRIO E FOME - Abrigo no Egito é acusado de matar animais e roubar voluntários


Um grupo de ativistas de direitos animais do Egito está acusando um abrigo de sérios abusos, maus-tratos e outras condutas ilegais. O auto intitulado abrigo, que opera sem registro e está localizado em Saqqara, estaria deixando cães e gatos morrerem de fome e congelarem até a morte, enquanto os proprietários do local enganam tutores. As informações são do Ahram.org.
Segundo os ativistas, o Paws and Claws engana voluntários e rouba doações. ”Não é um abrigo licenciado, não é registrado e não tem o direito legal de operar como abrigo”, disse a ativista Rania el-Kordy ao Aswat Masriya. Em janeiro, fotos chocantes foram postadas por Kordy nas mídias sociais nas quais ela descrevia em detalhes as condições “devastadoras” e as violações que testemunhou.
“Sinais de diarréia dos animais pelo chão, cobertores molhados e animais com frio e famintos, sem cuidados e sem água”, mencionou Kordy a respeito da negligência vista por ela durante a sua primeira visita em dezembro ao que ela descreveu como “vila da morte”.
Ela decidiu visitar o local após ter recebido um grande número de reclamações e apelos para que se envolvesse e resgatasse os animais. Apesar da indignação, a Paws and Claws ainda está operando e nenhuma ação foi tomada contra os proprietários, um egípcio de 35 anos de idade e sua esposa expatriada.
“Se você pulverizar água (no proprietário), vamos pulverizar sangue em você”, disse um funcionário do falso abrigo em ameaça a Kordy, que apresentou o seu segundo relatório jurídico às autoridades. Os donos estavam supostamente foragidos, mas vizinhos relataram tê-los visto, disse Kordy, acrescentando: “Eu não sei como eles conseguem dormir à noite, enquanto os animais estão com frio e fome”.
Farah Nasser, também ativista dos direitos animais e voluntária, afirmou que, em sua última visita em 25 de dezembro, ela viu peles penduradas sobre uma cerca para secar. “Podia ser uma pele de cão ou gato”, disse ela. Após doar dinheiro para que os quatro gatos que ela levou ao abrigo fossem cuidados, eles desapareceram. Foi dito a ela mais tarde que eles não conseguiram sobreviver.
O ponto principal para Nasser foi quando um cão chamado Fighter morreu subitamente e o abrigo disse a ela que outro cão conhecido por ser agressivo o havia comido. Histórias similares foram contadas por outros voluntários que acusam o casal de negligenciar os animais resgatados.
Kordy disse que uma voluntária entrou em choque quando encontrou um filhote morto no chão e o veterinário afirmou que ele estava no local desde a manhã. Julie Dodd, que também foi enganada pelo casal, visitou o abrigo pela última vez em fevereiro e disse que havia peles de gatos penduradas no portão.
Os ativistas afirmam que essas peles indicam o envolvimento do casal no comércio local de peles.
“Preenchi o formulário de adoção e dei 160 libras para cobrir as vacinas e os preparativos para a viagem deles ao Reino Unido”, disse Dodd sobre sua tentativa de adotar três gatos que ela conheceu no abrigo.
“Também doei dinheiro durante a minha viagem anterior, mas não recebi os animais. De qualquer forma, saí de lá concordando que os gatos ficariam por uma semana para serem vacinados e castrados, e então minha amiga ficaria com eles até que estivessem prontos para viajar”, disse ela.
Quando a amiga de Dodd chegou ao abrigo para buscar os gatos, disseram-lhe que eles não seriam entregues a não ser que três cães fossem transportados para lá, de um outro abrigo de Shabramant. Logo em seguida, os três gatos desapareceram completamente, disse Dodd, e o seu paradeiro ou o que aconteceu com eles não foi revelado até então.
Outros voluntários relataram que os seus animais resgatados também desapareceram.
O grupo do abrigo no Facebook mudou o seu status de “fechado” para “secreto”, e o casal deletou os seus perfis e criou novos, conforme as histórias de abuso e negligência vinham à tona.
De acordo com a reportagem, nenhum dos dois proprietários foi localizado para comentar o assunto.
Fonte: http://www.anda.jor.br

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