segunda-feira, 16 de julho de 2018

Por que adotar um vira-lata? Tem vantagens!

Saúde

Cão sem raça definida de aproximadamente 1 ano
Muito importante para quem procura um cão ou gato para adotar e ter como companhia, é saber que os vira latas (SRD) são fruto de genes que já foram provados, testados e sobreviveram as condições precárias de alimento e abrigo nas ruas, razão pela qual, costumam ser muito resistentes e saudáveis.
A teoria do vigor híbrido sugere que como um grupo, cães ou gatos de ancestralidade variada serão mais saudáveis que seus ancestrais de pedigree. Em animais de raça definida, o cruzamento de cães com aparência muito similar através de várias gerações produzem animais que podem carregar os mesmos alelos, alguns dos quais são indesejáveis. Isto é ainda mais verdadeiro quando considera-se animais de parentesco próximo. Este cruzamento próximo tem exposto muitos problemas de saúde de natureza genética não tão aparentes em populações menos uniformes. Espécimes sem raça definida são mais diversificados geneticamente devido a natureza casual do encontro entre os pais. A descendência desses encontros tende a expressar menos algumas deficiências genéticas, em virtude da diferença genética natural entre os pais. No entanto, algumas doenças recessivas ocorrem entre muitas raças não relacionadas, e deste modo meramente a mistura de raças não é garantia de saúde genética.
"Cães híbridos tem uma chance muito menor de exibir as deficiências que são comuns às raças de origem", porém o cruzamento não necessariamente garante que a descendência resultante será mais saudável que os pais, pois há uma probabilidade dos filhotes herdarem as piores características de ambos os pais. Esta é uma das razões pelas quais muitos criadores preferem cães de linhagem conhecida. No entanto, é notável que muitos criadores deem preferência à aparência e conformidade dos cães, ignorando fatores intrínsecos ao cão, como a saúde e sua disposição física.
Cães de raça pura e SRD são igualmente susceptíveis à maioria das doenças não relacionadas à genética, como raiva e infestação por parasitas.
Muitos estudos demonstraram que cães sem raça definida tem uma natural vantagem de saúde. Um estudo feito na Alemanha conclui que "cães mestiços necessitam menos de tratamento veterinário".[1] Estudos na Suécia encontraram que "cães mestiços tem menor tendência a desenvolver muitas doenças em relação a um cão normal de raça definida".[2]Dados da Dinamarca também sugeriram que a mistura de raças produz cães com maior longevidade, se comparados a cães de raça definida.[3] Um estudo britânico demonstrou resultados similares, porém concluiu que algumas raças são em geral mais lôngevas que cães SRD (em especial Jack Russell TerrierPoodle miniatura e Whippets).[4]
Em outro estudo, o efeito da raça na longevidade dos cães foi analisado utilizando dados da mortalidade de 23.535 animais. Os dados foram obtidos de hospitais veterinários de ensino nos Estados Unidos. Ao comparar a mortalidade de cães de raça definida com os híbridos foi concluído que aqueles sem raça definida viveram em média 1,8 anos a mais nas condições estabelecidas, considerando animais doentes de diferentes pesos e condições clínicas.[5]

Vira-lata no Brasil

Embora tenham no passado recebido má-fama entre os criadores, comparados aos cães de raça pura, há uma tendência crescente para a popularização do vira-lata no Brasil.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha, esse é o cão doméstico mais comum na cidade de São Paulo. O levantamento entrevistou 613 pessoas, numa amostra representativa da população paulistana com 16 anos ou mais. De acordo com a matéria publicada na Folha de S.Paulo,[6] a adoção dos cães sem raça definida cresce sobretudo nas classes mais altas, onde os cães hoje dividem espaço com animais de raça definida.
Os criadores veem benefícios na melhor saúde e resistência dos animais, pelo fato da mistura gerar um cão com "competências mais equilibradas". Porém, o principal fator que motiva hoje a adoção de cão mestiço está na questão social da adoção. A maior parte destes animais vem de organizações não-governamentais encarregadas de cuidar e doar os animais, recolhidos das ruas ou de donos incapazes de fornecer os cuidados adequados. Especialistas relembram que, embora resistente e adaptável, o vira-lata ainda assim precisa de cuidado veterinário e alimentação correta, para uma saúde mais forte e um desenvolvimento adequado.

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