terça-feira, 2 de abril de 2013

Mesmo com chuva, incêndio não é controlado na reserva do Taim, RS


Uma semana após ter iniciado, o incêndio que atinge a Estação Ecológica do Taim, no Sul do Rio Grande do Sul, ainda não foi controlado. Mesmo com os dois milímetros de chuva que caíram nesta terça-feira (2), as equipes enfrentam dificuldades para combater o fogo, que continua avançando.
Treze homens seguem realizando o combate às chamas na reserva ecológica por terra. No entanto, devido ao forte vento, as dificuldades aumentam. Na área onde está o maior foco do incêndio, as labaredas chegam a mais de cinco metros de altura.
O vento nordeste também atrapalhou o trabalho dos aviões contratados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela reserva. Nesta terça (2), uma aeronave apresentou problemas e apenas duas operaram.
A bordo de um dos aviões, o piloto Nei Berstors acompanha as dificuldades do combate na área do banhado. “Muita água e lodo. Eles (brigadistas) não conseguem chegar. Atola o pé, tranca. Eles estão com água pela cintura. Está muito difícil. Estamos tentando. Já apagamos hoje durante o dia uns 1,3 mil metros de linha de fogo”, relatou o piloto.
Dos 32 mil hectares de área da reserva, pelo menos 15% já foram atingidos pelas chamas. “Nós vamos arregimentando as forças o tempo todo e mudando a estratégia de acordo com o que a natureza e o fogo nos diz. Em algum momento, o jogo vai mudar a nosso favor e vai acabar se extinguindo”, diz o chefe do ICMBio na reserva, Henrique Ilha.
A reserva do Taim ocupa parte dos municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, em uma faixa de terra entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico, próximo ao Arroio Chuí, na fronteira com o Uruguai. O maior incêndio na estação aconteceu em 2008, quando 5 mil hectares foram atingidos.

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