terça-feira, 6 de agosto de 2019

Você gosta de história de amor? Um pouquinho da nossa história com os peludos.

Enquanto muitos abandonam seus animais, por motivos tão fúteis, nas nossas cabeças isso não passava nem na mais remota possibilidade.

Contando a história...

Em 2010, tivemos que mudar para Fortaleza e na época tínhamos 5 cães: Flash (o primogênito resgatado de atropelamento), Kika (retirada de uma Universidade gaúcha, onde seria eutanasiada por ocupar espaço), Branca (resgatada vagando em uma avenida de muito fluxo de Porto Alegre) e Glorinha (adotada numa feirinha da Redenção); todos foram conosco, na época de avião.







Muitas coisas aconteceram nesse período de Nordeste...





No primeiro ano, já era claro para a vizinhança nosso amor pelos animais, e assim abandonaram a primeira caixa de gatinhos filhotes no nosso portão. Eram minúsculos!mas já sabiam fazer barulhos com as boquinhas para se defenderem dos humanos gigantes! Cinco titiquinhos lindos! E todos foram adotados, exceto uma que foi devolvida:
                  * Bizuga, a primeira felina a entrar na Família Bumbel Cócaro!


Depois abandonaram mais uma caixa, com 6 gatinhos, e estes todos foram adotados, graças a Deus!

Mas o destino nos aplicou uma triste peça. Glorinha, uma linda mistura de sheepdog com cão d'água português - essa era a aparência daquela pura vira-lata; teve uma doença inexplicável, algo agudo que a fez ter parada cardíaca e respiratória, ficando com sequelas neurológicas graves, inclusive cegueira.

Lutamos 6 longos meses contra algo que não sabíamos o que era. Conseguimos reverter parte dos problemas neurológicos com fisioterapia caseira e muito amor, e ela já não andava mais em círculos. Mas em janeiro de 2013 ela se foi, com apenas 4 anos. Logo após os fogos de final de ano, ela piorou muito e numa noite nos deixou. Tentamos socorrê-la, mas não houve tempo para nada; a explicação teria sido ataque cardíaco. A nossa dor foi imensa, inexplicável, mas hoje sentimos uma saudade grande, porém uma boa saudade.

E vida de protetor é assim mesmo...

Num sábado de sol, que em Fortaleza é normal, fomos caminhar no Parque do Cocó. O que nós não sabíamos é que era local de abandono de animais, principalmente gatinhos. E é óbvio que não conseguimos fechar nossos olhos, quando nos deparamos com uma cena no meio da mata: um senhor alimentava os gatinhos ali abandonados, nada de anormal se não tivesse entre os pequeninos, uma minúscula gatinha branca, disputando avidamente aquela comida de panela com os gatos maiores, comida abençoada que aquele senhor lhes dava. Olhando mais atentamente para aquele serzinho de aparência doente, frágil, com muita secreção no seu rostinho, não foi possível seguir sem ela. Assim que a peguei, ela não resistiu e se aninhou no meu peito.

Corremos para uma clínica veterinária que sempre atendia os animais de rua, sem deixar nenhum para trás, e ali fomos atendidos pela Dra. Karinne Paiva, na Pet Saúde, Fortaleza. Ela, olhando a gatinha, disse claramente que dificilmente sobreviveria. Estava com rinotraqueíte em grau altíssimo e bicheiras espalhadas pelo pequeno corpo. Tinha muitos bichos no céu da boca e a língua já tinha perdido um pedaço para aqueles bichos nojentos. Uma das patinhas também estava tomada por bichos.

Dra. Karinne fez uma limpeza e retirou TODOS aqueles bichos e começou o tratamento de choque para a rino, deixando claro que não poderia garantir sua sobrevivência devido ao grau de fraqueza, à doença, ao quadro todo. Fui todos os dias à clínica e levava frango cozido para a pequena Kinha.

E assim fomos dia a dia conquistando sua saúde. Frango, medicações e muito amor. Meu pequeno algodãozinho saiu da clínica e foi para a nova casa, nossa casa. A partir deste caso decidimos nunca mais ir ao Parque do Cocó, na esperança de não ver casos assim.


E essa é uma pequena parte da nossa longa história de amor pelos animais, mais precisamente até 2013...em outras postagens contarei mais sobre as aventuras desta FAMÍLIA diferente e MUITO amorosa...

Lambeijos!! 

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