sábado, 7 de março de 2020

O ponto final da vida: Branca foi estrelar no céu dos cachorrinhos.

A dor é imensa e se não escrever, meu peito explode.

Minha Branquinha, minha princesa, minha companheira de tantos momentos, minha filha querida partiu. Dia 05 de março ela partiu.

E foi assim...

Num dia de frio, mas de sol, te vimos na Protásio Alves, avenida movimentadíssima de Porto Alegre. E tu andava de um lado para o outro, muito maluquinha. Quando olhamos pela janela do apartamento da tua tia Fabiana, tu estava lá, próximo da portaria, ou seja, tinha atravessado a avenida e vindo nos encontrar.

Naquele momento, te pegamos e fomos pra clínica fazer uma avaliação. Logo na recepção alguém já te queria adotar!!!mas tu logo abraçou meu pescoço e eu disse que tu não estava para adoção. 
Dali pra cá foram 12 anos de muito amor. 

No dia do resgate

Meu amor sempre foi forte por todos meus filhos peludos e por todos os animais que encontro pelas ruas, é um amor intrínseco, mas contigo...contigo era além ( É além). Tu era meu "grudinho". E de uma hora pra outra estou privada da tua presença constante.

Algum tempo depois do resgate

Há muitos anos cuidava do teu coração, do teu fígado, e há pouco dos teus rins e da coluna, enfim, tu puxou pela mãe, né minha Princesa? Cheia das mazelinhas! E igualmente CHEIA de alegria! Teu apelido era "nosso peru louco", de tanto que rodava, ou Fiat 147, porque quando corria, a dianteira ia pra um lado e a traseira para o outro. Nossa filhota linda!



Ano passado, depois da MALDITA  doença do carrapato, a tua saúde só piorou. Foram tratamentos longos, agressivos e cheios de consequências. No teu caso, o problema renal só piorou, o problema de coluna apareceu e nos teus últimos momentos, uma mancha no baço, que sugeria um tumor.

Tu, tão cheia de vida, tão alegre e tão comilona, não estava mais aqui. Somente teu corpinho que te causava dores, que te fazia usar tantas medicações diariamente que parecia impossível qualquer ser usar tudo aquilo. Essa semana chegou no ápice dos sintomas, sem tratamento possível e com as dores que não conseguimos imaginar.

Meu coração se sente machucado, meu espírito não entende o porquê de tanto sofrimento se os animais não vêm para resgatar nada na encarnação presente e sim para evoluir junto aos humanos. Queria uma explicação plausível dos espíritas, afinal acredito tanto nessa doutrina, mas me questiono muito sobre o sofrimento de todos os animais.

Ainda assim, prefiro acreditar que quando teu espírito partiu, foi recebida pelos manos Flash, Glorinha, Filó e Mel com muita alegria e carinho, no céu dos cachorrinhos. E que quando eu partir encontrarei todos vocês, meus filhos queridos. Essa é uma crença que prefiro ter, para tentar acalmar meu coração.

Queria muito que esta postagem fosse mais leve e bonita, mas isso ainda não é possível. A dor fala mais alto. De lindo aqui, só a imagem da minha Branca - Princesa da Mamãe.


2 comentários:

Rosi Lohmann disse...

Tuas palavras me fizeram refletir muito sobre o porquê nossos filhotes peludos precisam msm passar por tanto sofrimento nesta vida...����mas quero crer que pelo menos nosso amor e dedicação ajude a amenizar a dor...que Deus conforte teu coração e que todo sofrimento da perda se transforme logo em uma saudade leve e reconfortante cheia de lembranças alegres de momentos vividos c9m rodo o amor que sempre dedicastes a todoa teus filhotes de pelo! Fica em paz!��❤��

Anônimo disse...

Mais uma da série Branquinhas que vêm à terra e à muito custo (porque, nós humanos, que duros!) levam para o além um pedaço de coração com elas. Como são travessas, essas Branquinhas! Conseguem nos fazer gratos até mesmo pelo vazio que deixam!